sexta-feira, 6 de novembro de 2009

DESABAFO DE UM FAMILIAR DE POLICIAIS QUERENDO JUSTIÇA!

Policial tem vida?
Qual a natureza jurídica do policial?
Ele tem direitos?
 

  Nos últimos dias morreram dois policiais civis. Nos últimos 
06 meses policiais militares que se interpuseram entre a 
sociedade e o tráfico de drogas na Zona Norte, foram 
assassinados. Os policiais que perseguiram o ladrão 
de bancos conhecido como Balengo foram, juntamente

com seus familiares, ameaçados de morte. Na última sexta feira, 
o GARRA desencadeou uma ação para capturar os matadores de 
um dos policiais. Investigadores, escrivães, agentes, carcereiros 
e delegados, de férias, de folga, abriram mão da convivência da 
sua família para prender o assassino do colega.
 Nenhuma palavra dos direitos humanos, nota ridícula da 
Globo, que preferiu dar destaque à prisão dos chamados 
higlanders. Muitas pessoas ligaram na Bandeirantes reclamando 
que a polícia estava sendo abusiva, que a operação prejudicava o 
trânsito, que a operação atrapalhava suas vidas. A Record criticou 
o fato veladamente, ora batendo, ora soprando, mas não deixou 
de apresentar uma crítica ao GARRA.
 Quando o casal Nardoni foi investigado, por quase 30 dias o 
Brasil acompanhou uma novela. Ruas foram fechadas, inserções 
no horário nobre alterando o padrão Global, interditou-se ruas, 
avenidas, IML, a delegacia trabalhou apenas nisso!! 
No caso da menina Eloá, foram 100 horas em que famílias não 
puderam retornar aos seus lares. Isso mesmo foi necessária a 
interdição de vários apartamentos. No caso do seqüestro do 
menino Ives, do empresário Beltrão, Abílio Diniz, dos repórteres 
da TV Globo, do homicídio de Tim Lopes, a polícia trabalhou 
horas sem interrupção. Tenho amigos que não puderam nem ir 
para casa. Em todos esses casos não houve reclamação. Por isso 
pergunto: Policial é gente? 
Policial é humano?
 Tenho um filho e a esposa na polícia. Tenho incontáveis 
amigos que quero como irmãos na polícia. Tenho diversos 
amigos na polícia. Tudo isso me machuca, me ofende.
 No seu CPP de 2000 Nucci defendia que contra o policial 
sempre cabia prisão preventiva, posição retirada, mas nunca 
corrigida, pois nunca apresentou o policial como ser humano 
credor de direitos humanos. Em julgado recente, o STF, 
em pleno direito penal do autor, decidiu que o policial deve 
sempre ficar preso, pois sua missão é defender a sociedade e, 
quando age de forma diferente, deve permanecer preso. E o 
direito à presunção de inocência que concedeu ao padre 
pedófilo, cujo HC terminou por julgar inconstitucional a vedação 
de progressão de regime? E o jornalista Pimenta das Neves? 
O médico Farah que picotou sua vítima, E OS JUÍZES QUE 
VENDERAM SENTENÇAS E FORAM APOSENTADOS COM 
VENCIMENTOS INTEGRAIS, ou já se esqueceram 
de Vicente Leal? Por tudo isso, pergunto: policial é gente? 
Será que vem da sociedade?
 Trabalhei muito tempo em hospital para saber que médico 
não cobra de médico, que engenheiro não cobra de engenheiro 
e, como advogado não cobra de advogados. Não se trata de 
corporativismo, mas de companheirismo. Há um velho ditado 
que diz: "na hora da dificuldade o ser humano roga a Deus 
e clama pela polícia". Passada a emergência, esquece-se de 
Deus e amaldiçoa a polícia. É verdade. A nossa imprensa 
pequena e comezinha ainda está presa a dogmas do jornalismo 
do século 19. A única norma constitucional que os jornalistas 
conhecem é a liberdade de expressão. Qualquer atividade, 
como a proibição da divulgação de grampos ilegais fere a 
liberdade de expressão, ainda que para exercê-la humilhem e 
massacrem pessoas que depois se descobre inocentes. Em 
Questão de Honra, Tom Cruise, um advogado militar, pergunta a 
sua colega porque ela se importava tanto com os sentinelas 
processados, a que ela responde: porque quando deito, durmo 
sossegada, sabendo que eles estão vigilantes e, que naquela 
noite nada vai me acontecer.
 Estou encaminhando este e-mail para três jornalistas que, 
no meu ponto de vista são cabeças pensantes e não mero 
vendedor de noticias. Nada contra os demais, nada a favor 
também. Enviarei também ao STF. Os senhores, adicionados 
à minha lista, de alguma forma mantêm relacionamento com a 
polícia, seja civil, seja militar. Alguns já são policiais. Ou nos 
manifestamos, ou seremos sempre (não sou policial, mas minha 
família é, assim me sinto ofendido por eles) cidadãos de segunda 
classe, como foram os negros por 400 anos.
 Abraços, e que Deus proteja, para quem acredita nele, os 
nossos policiais e, para quem não acredita, boa sorte!!

SE VOCÊ PUDER FAZER COMO EU, ENCAMINHE ESTE 
DESABAFO A TODAS AS PESSOAS DA SUA LISTA. COMO 
VOCÊ SABE, EU TRABALHO NO MEIO E CREIO QUE ESTAVA

MAIS DO QUE NA HORA DE ALGUÉM GRITAR!

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