quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Rio tem longo caminho contra violência, dizem especialistas A violenta confrontação do fim de semana, no Morro dos Macacos, foi uma questão de luta












Bom Dia Brasil

20/10/09 - 07h37 - Atualizado em 20/10/09 - 08h59

Invasão de comunidade, tiroteio, ônibus incendiados, um helicóptero da polícia derrubado - tudo em menos de 24 horas. Vinte mortos, três eram policiais. O poder de fogo do tráfico aumentou?

“Não acredito nisso. Na verdade, os traficantes, em meados dos anos 1980 se fortaleceram, com estrutura e organização para promover esse tipo de delito, o tráfico de entorpecentes”, diz o professor de políticas em segurança pública Paulo Storani.

O professor Paulo Storani conhece a bandidagem de perto: foi subcomandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). Ele acha que a violenta confrontação do fim de semana foi uma questão de luta por lucros.

Existem pelo menos três facções criminosas que brigam pelo controle da venda de drogas no Rio de Janeiro. O ataque ao Morro dos Macacos teve a participação de bandidos rivais de outras cinco favelas: Tabajaras, Morro São João, Mangueira, Jacarezinho, e Alemão. Alguns desses traficantes migraram de favelas ocupadas pelas unidades da polícia pacificadora.

“A melhor forma de entender a questão do narcotráfico é pela lógica de mercado. Eles dominam determinadas regiões e buscam ampliar essas regiões intervindo em outras. Quando perdem esse espaço, vão buscar outras formas de suprir essa perda. Estão apostando na ampliação do mercado invadindo áreas dominadas por facções rivais”, explica o professor de políticas em segurança pública Paulo Storani

A ocupação, pela polícia, de favelas e áreas dominadas por traficantes começou oito meses atrás, no Morro Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Hoje as UPPs, como são chamadas as Unidades de Polícia Pacificadora, estão em cinco comunidades.

“Temos êxodo de traficantes, fugindo de favelas, buscando outras favelas para se abrigar, para se esconder, Chegando nessas favelas, não encontram emprego, o narcotráfico não tem capacidade de absorver toda essa mão-de-obra", explica o ex-policial do Bope e consultor de segurança capitão Rodrigo Pimentel.

O capitão Rodrigo Pimentel vê outro fator na escalada da violência; as milícias, presentes hoje em 200 favelas do Rio: “O miliciano que não explorou a venda de cocaína, que explorou o gato NET, o ágio no butijão de gás, o transporte alternativo, comprou lancha, utilizou o dinheiro na vida política, fez candidatos, elegeu candidatos a vereador, a deputados, esse miliciano comprou carro importado”.

Para combater tanta violência, é preciso tempo e determinação: “Não existe solução a curto prazo. Quem prometer ou prometeu, está mentindo”, aponta o capitão Rodrigo.

disponível em:
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1347288-16020,00-RIO+TEM+LONGO+CAMINHO+CONTRA+VIOLENCIA+DIZEM+ESPECIALISTAS.html

Apenas um comentário rápido e direto: Cadê as forças federais que não enxergam nada e não coíbem o contrabando de armas na fronteira de nosso país?
Assim continuarão morrendo policiais civis e militares. Por causa da inconseqüência de uns, outros morrem(foco em segurança).

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