Os equipamentos de scanner podem custar entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, dependendo da configuração da máquina e de onde ela será usada.
Uma fronteira de mais de 23 mil quilômetros: um país com as dimensões do Brasil precisa de um policiamento especial. Existe tecnologia para impedir a entrada de contrabando. Mas existe também burocracia. O combate ao tráfico de armas e drogas tem altos custos.
Operações policiais em morros do Rio de Janeiro, deflagradas depois que um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado, no último sábado, revelaram o poder de fogo dos traficantes. São pistolas e fuzis que só poderiam estar em poder da polícia e das Forças Armadas. Segundo especialistas, as armas que estão a serviço do crime chegaram sem chamar atenção pelo ar, pelos portos ou pelas fronteiras.
A tecnologia pode ajudar no combate ao tráfico de armas. Uma estrutura metálica com a aparência de uma máquina de lavar carros começou a funcionar esta semana em um terminal de cargas de Cubatão, litoral de São Paulo. A principal utilidade é a de controlar o que chega dentro dos contêineres retirados dos navios do porto de Santos. Só há dois superscanner no país.
No porto de Navegantes, em Santa Catarina, o caminhão com o contêiner fica parado e o scanner se move para frente e para trás, emitindo ondas de raios-x que podem ultrapassar qualquer superfície de até 27 centímetros. Em três minutos, é possível ver tudo o que está no contêiner ou no baú de um caminhão.
“Se você tem um caminhão com sacos de açúcar e fuzis escondidos no meio, você vai ter uma diferença de densidade, que vai fazer com que o raio-x que está chegando do outro lado do equipamento perceba essa diferença e vai permitir visualizar na cabine de operação”, explica o gerente da EBCO Systems Delmo Ferraz.
Um equipamento um pouco menor, mas com a mesma função, tenta controlar tudo o que entra no conjunto de presídios de Bangu, no Rio de Janeiro. O scanner é utilizado nas revistas pessoais dos visitantes. Ele é capaz de detectar qualquer objeto, como armas, drogas, celulares e até mesmo sacos plásticos escondidos nos corpos, sem a pessoa precisar tirar a roupa. Sacolas e pacotes também passam por equipamento semelhante.
Estudiosos da violência dizem que o tráfico de armas usa os mesmos caminhos das drogas. Mas há uma pequena diferença que a polícia e as Forças Armadas poderiam usar no combate: armamentos são produzidos em fábricas legalizadas, aqui no Brasil e nos países vizinhos como a Bolívia e a Argentina.
“Isso é uma coisa artesanal aqui ou ali. O grosso, 99% das armas em circulação no mundo foram produzidas legalmente. O que significa que o primeiro passo de controle é a porta da fábrica. A licença de exportação foi bem feita? É correta? O país que vai receber essas armas tem condições de controlar essas armas? O estoque, quem vai receber, a instituição policial ou das Forças Armadas, tem condições de controlar? Está sendo bem fiscalizado? Então o começo é por aí. Depois a transparência”, aponta o diretor executivo do Instituto Sou da Paz Denis Mizne.
Hoje, só há dois equipamentos de scanner de última geração no país: um no porto de Navegantes, em Santa Catarina, e outro em Cubatão, em São Paulo. Outras 13 máquinas operam em portos e fronteiras secas, mas são de gerações mais antigas e só fiscalizam containeres vazios. Mas os especialistas ressaltam: equipamento é importante mas ele não substitui o trabalho da polícia.
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Uma fronteira de mais de 23 mil quilômetros: um país com as dimensões do Brasil precisa de um policiamento especial. Existe tecnologia para impedir a entrada de contrabando. Mas existe também burocracia. O combate ao tráfico de armas e drogas tem altos custos.
Operações policiais em morros do Rio de Janeiro, deflagradas depois que um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado, no último sábado, revelaram o poder de fogo dos traficantes. São pistolas e fuzis que só poderiam estar em poder da polícia e das Forças Armadas. Segundo especialistas, as armas que estão a serviço do crime chegaram sem chamar atenção pelo ar, pelos portos ou pelas fronteiras.
A tecnologia pode ajudar no combate ao tráfico de armas. Uma estrutura metálica com a aparência de uma máquina de lavar carros começou a funcionar esta semana em um terminal de cargas de Cubatão, litoral de São Paulo. A principal utilidade é a de controlar o que chega dentro dos contêineres retirados dos navios do porto de Santos. Só há dois superscanner no país.
No porto de Navegantes, em Santa Catarina, o caminhão com o contêiner fica parado e o scanner se move para frente e para trás, emitindo ondas de raios-x que podem ultrapassar qualquer superfície de até 27 centímetros. Em três minutos, é possível ver tudo o que está no contêiner ou no baú de um caminhão.
“Se você tem um caminhão com sacos de açúcar e fuzis escondidos no meio, você vai ter uma diferença de densidade, que vai fazer com que o raio-x que está chegando do outro lado do equipamento perceba essa diferença e vai permitir visualizar na cabine de operação”, explica o gerente da EBCO Systems Delmo Ferraz.
Um equipamento um pouco menor, mas com a mesma função, tenta controlar tudo o que entra no conjunto de presídios de Bangu, no Rio de Janeiro. O scanner é utilizado nas revistas pessoais dos visitantes. Ele é capaz de detectar qualquer objeto, como armas, drogas, celulares e até mesmo sacos plásticos escondidos nos corpos, sem a pessoa precisar tirar a roupa. Sacolas e pacotes também passam por equipamento semelhante.
Estudiosos da violência dizem que o tráfico de armas usa os mesmos caminhos das drogas. Mas há uma pequena diferença que a polícia e as Forças Armadas poderiam usar no combate: armamentos são produzidos em fábricas legalizadas, aqui no Brasil e nos países vizinhos como a Bolívia e a Argentina.
“Isso é uma coisa artesanal aqui ou ali. O grosso, 99% das armas em circulação no mundo foram produzidas legalmente. O que significa que o primeiro passo de controle é a porta da fábrica. A licença de exportação foi bem feita? É correta? O país que vai receber essas armas tem condições de controlar essas armas? O estoque, quem vai receber, a instituição policial ou das Forças Armadas, tem condições de controlar? Está sendo bem fiscalizado? Então o começo é por aí. Depois a transparência”, aponta o diretor executivo do Instituto Sou da Paz Denis Mizne.
Hoje, só há dois equipamentos de scanner de última geração no país: um no porto de Navegantes, em Santa Catarina, e outro em Cubatão, em São Paulo. Outras 13 máquinas operam em portos e fronteiras secas, mas são de gerações mais antigas e só fiscalizam containeres vazios. Mas os especialistas ressaltam: equipamento é importante mas ele não substitui o trabalho da polícia.
fonte:
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1351832-16020,00-RASTREADORES+DE+ULTIMA+GERACAO+AJUDAM+NO+COMBATE+AO+TRAFICO.html
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