segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PM mata aposentado durante briga no trânsito de São Paulo

O policial já havia ferido uma pessoa há cinco meses, e que tinha passado dez dias presos por causa disso.

Em São Paulo, mais uma discussão de trânsito acabou em morte. A vítima é um aposentado de 55 anos. O suspeito do crime é um policial militar, que já havia ferido uma pessoa há cinco meses, e que tinha passado dez dias presos por causa disso.

Neste domingo, segundo testemunhas, ele disparou no rosto de um eletricista aposentado após uma discussão no trânsito. Só foi preso porque se envolveu em outro acidente pouco depois.


Foi um domingo de tristeza e indignação para a dona de casa Diana da Rocha: “É para isso que a polícia emprega homens. É para isso que dão uma arma a um policial, para tirar a vida dos outros?”

O eletricista Álvaro Marques da Rocha voltava de uma madrugada de trabalho quando se envolveu em um incidente de trânsito.

Durante a discussão, levou um tiro no rosto – disparado, segundo testemunhas, por um policial a paisana, que dirigia uma moto e fugiu. Um pouco mais adiante o mesmo policial provocou outro acidente ao passar um sinal vermelho.

Em um dos carros atingidos estava uma professora que não quis se identificar: “Aparentemente alcoolizado. É o que a gente pode perceber, tanto pelo cheiro. Ele estava alcoolizado”.

Com a perna machucada, o PM foi preso e negou ter matado o eletricista.

“Tinha evidência de uma cápsula, um projétil que foi disparo no local e também no bolso do policial se encontrava um carregador compatível com o tipo de armamento que foi utilizado no local”, aponta o major da Polícia Militar Paulo Roberto Vieira.

O policial militar Carlos Augusto da Silva está na corporação há um ano e meio. Cinco meses atrás foi acusado de disparar uma arma enquanto dirigia sua moto, os tiros feriram uma pessoa e o policial chegou a ficar 10 dias preso. O processo por tentativa de homicídio ainda está em andamento.

O eletricista assassinado tinha 55 anos, deixou dois filhos e a mulher. “Precisou matar para voltar para a cadeia? O que vai trazer meu marido de volta?”, questiona a viúva.

O delegado responsável pelo caso solicitou exame residuográfico, que comprovará se havia ou não resíduos de pólvora nas mãos do soldado. O policial Carlos Augusto da Silva está preso em um quartel da PM e responderá por homicídio qualificado.
fonte: Bom dia Brasil
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1354501-16020,00-PM+MATA+APOSENTADO+DURANTE+BRIGA+NO+TRANSITO+DE+SAO+PAULO.html

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